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Olhar inquieto
- 24 de fevereiro de 2013|
Por Redação Link
Do roteiro até a trilha sonora, diretor cria filme feito totalmente com o celular e leva projeto de inclusão digital para a África
Adriana Carranca
SÃO PAULO – Giuliano Chiaradia fala sempre na primeira pessoa do plural. “Nós buscamos estar um passo à frente, inovar” ou “Nós ganhamos muito destaque em Cannes”. “Nós”, é importante esclarecer, refere-se a ele próprio e o seu celular. Inseparáveis, eles conquistaram espaço na última edição do principal festival de cinema do mundo, em Cannes, na França, com o primeiro filme 100% feito no celular. #5CALLS chegou também à Campus Party Brasil, passou pelo International Mobile Innovation Screening, da Nova Zelândia, e o Festival Internacional da Imagem, na Colômbia, e continua rodando os grandes eventos de cinema, tecnologia e inovação.
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O roteiro de 5#CALLS foi escrito por Chiaradia em cenas de 180 caracteres enviadas ao elenco via SMS (e assim também foi feito o convite para participar do filme). A equipe de gravação se resumia ao diretor – e seu celular, é claro. As imagens foram gravadas dos ângulos mais inusitados: aparelhos amarrados no corpo das atrizes. Assim, acompanha-se o percurso de Natalia Lage pelo metrô de Copacabana no horário do rush, os passos de Guta Stresser com um celular em seu All Star e os malabarismos de Julianne Trevisol, pendurada por tecidos de circo. As gravações foram transmitidas ao vivo na internet pelo site Qik.com.
O filme foi editado no Nokia N95 de Chiaradia durante as “esperas infinitas da ponte aérea Rio-São Paulo” – e, além de prêmios, o diretor ganhou uma tendinite que lhe rendeu três meses de fisioterapia. Toda a trilha sonora foi montada com ringtones. Na arte final, o diretor usou wallpapers. “Eu usei todos os recursos do celular até o seu limite”, diz. Tudo pronto, Chiaradia entrou pelo celular no site do Festival de Cannes, fez a inscrição online e também o upload do filme. Num clique, estava sentado ao lado de cineastas brasileiros como Walter Salles e dando entrevistas para canais de TV da Rússia, China e Canadá.
Até chegar ao telão de Cannes, o filme nunca havia saído da tela de 4 polegadas do celular de Chiaradia. “Eles sentiram que nós (ele e o celular) realmente buscamos estar na frente. O mais bacana foi ver como o Brasil é a bola da vez em inovação”, diz o diretor, que também usou BlackBerry e iPhone na gravação.
“Eu estava na onda de experimentar. Já tinha feito curta, videoclipe e até fotonovela com o celular. Mas eu queria ver até onde a plataforma podia ir”, diz o diretor, formado em cinema na Itália. Ele faz uma ressalva: “Você não pode gravar com celular por gravar. É preciso ter uma razão para aquilo, seja pelo imediatismo, pela praticidade, pela busca do minimalismo ou porque se quer algo inusitado. É preciso ter um argumento para utilizar essa mídia. #5CALLS, por exemplo, fala de relações virtuais.”
Inquieto. Chiaradia escreveu e dirigiu em 2004 o curta Beep…, projeto experimental considerado a primeira produção audiovisual em celular da América Latina. Foi filmado com um dos primeiros modelos de celular com câmera e contava a história de um personagem que havia perdido o aparelho. Quem o encontrava ia deixando mensagens na caixa postal.
Já na TV Globo, emissora onde trabalha como diretor no programa de Fátima Bernardes, Chiaradia fez ainda em 2004 um especial de fim de ano que trazia na abertura de cada programa um diário de bordo de Ivete Sangalo gravado direto do celular. Também fez o primeiro videoclipe de Roberto Carlos gravado com celular, para o Fantástico.
Em 2007, Chiaradia gravou os primeiros vídeos em celular das bandas Pato Fu e Detonautas. Ganhou prêmios e foi finalista de festivais – incluindo o de Gramado – com clipes feitos com celular para artistas como Fernanda Takai e Vivendo do Ócio.
No mesmo ano, quando estava em Miami para um festival de cinema brasileiro, Chiaradia lançou meio de brincadeira a primeira fotonovela do Twitter, que acabou se tornando um sucesso. A personagem era uma revista: a Playboy de Cleo Pires, que ele clicava em diferentes situações, como num restaurante ou “assistindo a um filme do festival”.
Chiaradia é um sujeito essencialmente criativo. Aos 5 anos, passou por uma série de exames médicos porque os pais acreditavam que tinha algum distúrbio – o menino não falava. As ideias passavam tão rápido por sua mente inquieta e investigativa que ele não conseguia acompanhar a velocidade em palavras. “Descobriram que meu cérebro era mais rápido do que a fala. Até hoje falo pausadamente, mas minha cabeça está a mil por hora”, diz, às vezes, saltando de um assunto para outro sem dar aviso. Sua mente já está lá na frente.
“Tudo o que tenho são minhas ideias”, escreveu em um bilhete que acompanhava uma chapa de ressonância magnética de seu próprio cérebro, enviada como currículo para a galeria La Chambre Blanche, no Canadá. Colou. Em 2011, ele passou uma temporada de 20 dias como artista residente. Lá apresentou o projeto de vídeo-instalação #microfugas, unindo arte e tecnologia. O projeto foi trazido para o Sesc paulista, onde foi adicionado um bar virtual com pessoas do mundo inteiro compartilhando drinks por videoconferência.
ArtMobile. O trabalho no Canadá rendeu a Chiaradia um convite da Embaixada do Brasil na Tanzânia para ensinar alunos da Universidade de Arte e Performance de Dar Es Salaam, capital do país africano, a usar o celular para fazer arte. Ao cruzar o oceano, surgiu a ideia do projeto ArtMobile, a menina dos olhos de Chiaradia. “Essa coisa experimental, ou seja, de tentar fazer de uma forma diferente, sempre esteve muito presente na minha vida. Mas estar no Canadá e de repente alguém na África Oriental me ligar porque viu o meu trabalho e uma semana depois eu desembarcar na Tanzânia me mostrou como a tecnologia não tem fronteiras. Assim surgiu a ideia de criar um workshop e levar isso para todo o mundo”, diz.
“Ontem, eu estava em Cannes, graças ao celular. Se eu pude, vocês também podem!”, disse a órfãos e jovens de uma comunidade em Casablanca, Marrocos, para onde levou o ArtMobile a convite de uma ONG. O workshop passou também pelo Uruguai e chegará à Nicarágua. “Foi muito bacana ver o brilho nos olhos daqueles jovens. Tudo é muito novo para eles. Me perguntavam: ‘Quer dizer que celular não é só para falar? Posso mostrar minha comunidade? Postar no YouTube para todo mundo ver?’”, conta Chiaradia, que pretende coletar imagens de celular feitas pelos alunos e transformá-las em um novo filme.
Cada edição do ArtMobile começa com uma “mobile symphony”, regida por Chiaradia com os diferentes toques do celular dos alunos. Além de música, videoclipe e cinema, ele ensina a fazer coisas como poesia por SMS e fotografia. “E se o seu celular não tem SMS para mandar poesia, não tem ringtone para fazer música nem wallpaper, não tem câmera para fotografar ou fazer vídeo, quebra essa porcaria e vamos fazer uma escultura!”, brinca, para o riso dos alunos. “Kaka, weka kwenye facebook?”, ele ouviu de um guerreiro da tribo Maasai, na Tanzânia. “Irmão, vai postar no Facebook?”
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Leia mais:
• Link no papel – 25/02/13
ENGLISH VERSION:
By Newsroom Link
From the script to the soundtrack, director creates film made entirely with cell and takes digital inclusion project for Africa
Adriana Carranca
SAO PAULO – Giuliano Chiaradia always speaks in the first person plural. “We strive to be one step ahead, innovate” or “We won a lot of buzz at Cannes.” “We” is important to clarify, refers to himself and his cell phone. Inseparable, they conquered space in the latest edition of the leading film festival in the world, in Cannes, France, with the first film made in 100% mobile. # 5CALLS also came to the Campus Party Brazil, passed the International Mobile Innovation Screening, New Zealand, and the International Festival of the Image, Colombia, and continue running the big event film, technology and innovation.
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5 # The script was written by CALLS Chiaradia scenes than 180 characters sent via SMS to the cast (and so also was the invitation to participate in the film). The team came down to recording director – and your phone, of course. The images were recorded of the most unusual angles: Stringed instruments in the body of the actresses. Thus came up the path by Natalia Lage Copacabana subway in the rush hour, steps Guta Stresser with a phone in his All Star and Julianne Trevisol juggling, circus tissues by hanging. The recordings were broadcast live on the Internet by Qik.com site.
The film was edited on a Nokia N95 Chiaradia during the “endless waits the Rio-São Paulo” – and, in addition to prizes, the director won tendinitis that earned him three months of physical therapy. The entire soundtrack was assembled with ringtones. In the artwork, the director used wallpapers. “I used all phone features to its limit,” he says. All ready, Chiaradia entered the cell at the site of the Cannes Film Festival, made the application online and also upload the movie. In one click, sat alongside Brazilian filmmakers like Walter Salles and giving interviews to TV channels from Russia, China and Canada.
Until you reach the big screen at Cannes, the film had never left the 4-inch screen of the mobile Chiaradia. “They felt that we (he and cellular) really seek to be in front. The coolest thing was to see how Brazil is the flavor of the month in innovation, “says the director, who also used BlackBerry and iPhone in the recording.
“I was in the mood to experiment. I had already done short video clip and even fotonovela with the phone. But I wanted to see how far the platform could go, “says the director, trained in cinema in Italy. He makes a caveat: “You can not write with a mobile recording. You have to have a reason for that, is the immediacy, the practicality, the pursuit of minimalism or because they want something unusual. It takes an argument for using this media. # 5CALLS, for example, speaks of virtual relationships. ”
Restless. Chiaradia wrote and directed a short film in 2004 … Beep, experimental design considered the first mobile audiovisual production in Latin America. It was filmed with one of the first models of camera phone and told the story of a character who had lost the power. Who found was leaving voicemail messages.
In the TV Globo station where he works as the program director Fatima Bernardes, Chiaradia did even in 2004 a special year-end that brought the opening of each program a logbook of Ivete Sangalo recorded straight from the phone. He also made the first video of Roberto Carlos recorded with mobile, to Fantastic.
In 2007, the first Chiaradia recorded videos on mobile bands Pato Fu and Detonautas. It won awards and was a finalist for festivals – including the Lawn – with clips made from mobile to artists like Fernanda Takai and the Leisure Living.
In the same year, when he was in Miami for a Brazilian film festival, launched Chiaradia the first half jokingly fotonovela Twitter, which became a success. The character was a magazine: Playboy Cleo Pires, he clicked in different situations, such as a restaurant or “watching a film festival.”
Chiaradia a subject is essentially creative. At 5 years old, underwent a series of medical exams because parents believed they had some disturbance – the boy did not speak. The ideas passed through his mind as quick and restless investigative he could not keep up the speed in words. “They found that my brain was faster than speech. Until today I speak slowly, but my head is in overdrive, “says, sometimes jumping from one subject to another without warning. Your mind is already ahead.
“All I have are my ideas,” he wrote in a note accompanying a plate of MRI of his own brain, as sent to resume the gallery La Chambre Blanche, Canada. Pasted. In 2011, he spent a season of 20 days as a resident artist. There presented the draft video installation # microfugas, uniting art and technology. The project was brought to the SESC São Paulo, where he added a virtual bar with people worldwide by sharing drinks by videoconference.
ArtMobile. Work in Canada Chiaradia earned an invitation from the Embassy of Brazil in Tanzania to teach students at the University of Art and Performance of Dar Es Salaam, capital of the African country to use mobile to make art. When crossing the ocean, the idea ArtMobile project, the brainchild of Chiaradia. “This experimental thing, or trying to do in a different way, has always been very present in my life. But being in Canada and suddenly someone in East Africa call me because he saw my work and a week later I landed in Tanzania showed me how technology has no boundaries. Thus came the idea of creating a workshop and take it to the whole world, “he says.
“Yesterday, I was in Cannes thanks to mobile. If I could, you too can! “Said the young orphans and a community in Casablanca, Morocco, where he led the ArtMobile the invitation of an NGO. The workshop has also come through Uruguay and Nicaragua. “It was very nice to see the sparkle in the eyes of those youngsters. Everything is very new to them. I asked: ‘Do you mean that mobile is not just to talk? I can show my community? Post to YouTube for everyone to see? ‘”Says Chiaradia, you want to collect cellular images made by students and turn them into a new movie.
Each edition of ArtMobile begins with a “mobile symphony,” governed by Chiaradia with different ringtones mobile students. Besides music, music video and film, he teaches how to make things like poetry and photography by SMS. “And if your phone does not have to send SMS poetry, no ringtone or wallpaper to make music, no camera to take pictures or do video, we break this crap and make a sculpture!” Jokes, to the laughter of the students. “Kaka, weka kwenye facebook?” He heard a Maasai warrior tribe in Tanzania. “Brother, will post on Facebook?”
Revista Cláudia _ Abril 2013
Revista TAM NAS NUVENS / agosto 2013
Abrindo o mês com TAM NAS NUVENS:
http://www.tamnasnuvens.com.br/revista/site/
Projeto #ArtMobile: http://www.artmobileproject.com
2003 a 2013 – uma década de arte móvel / a decade of mobile art
No ano em que a primeira chamada telefônica feita por um dispositivo móvel completa 40 anos, a Set Experimental, um coletivo de artistas e ideias criada pelo diretor da TV Globo, Giuliano Chiaradia, completa uma década produzindo arte com o telefone celular.
In the year that the first telephone call made from a mobile device completes 40 years, the Set Experimental, a collective of artists and ideas created by the director of TV Globo, Giuliano Chiaradia, completes a decade producing art with the cell phone.
De 2003 até agora foram vários projetos, festivais e prêmios que ganharam destaque no Brasil e no exterior. Além é claro de muito pioneirismo. Com gravação de curtas como “Beeep” (2003) a primeira produção audiovisual mobile da América Latina e os primeiros videoclipes do Brasil entre eles para o rei Roberto Carlos, clipe feito com celular por Giuliano para o programa Fantástico da Rede Globo. Outros projetos você confere nos links que estão no rodapé da página.
Toda essa experiência de uma década produzindo arte com telefone celular gerou o Workshop ArtMobile, um projeto social idealizado por Giuliano que ensina crianças e jovens ao redor do mundo a fazer arte com o dispositivo móvel e tem como objetivo a inclusão digital.
A Set Experimental reuniu a bagagem acumulada ao longo de dez anos de produção móvel para ilustrar uma futura exposição. A mostra terá vídeos, fotos, prêmios e palestras. Até mesmo os telefones celulares originais utilizados durante esses dez anos e que juntos formam uma série de experiências digitais inovadoras.
From 2003 until now been several projects, festivals and awards gained prominence in Brazil and abroad. Besides of course very pioneering. With recording short as “Beeep” (2003) the first mobile audiovisual production in Latin America and the first among them video clips of Brazil to Roberto Carlos, clip done by Giuliano using cell phone for Fantastic TV Show for Globo. Others projects you check the links that are in the page footer.
This whole experience a decade producing art with cell phone generated ArtMobile Workshop, a social project designed by Giuliano that teaches children and youth around the world to make art with your mobile device and is aimed
at digital inclusion.
The Set Experimental met the baggage accumulated over ten years of mobile production to illustrate a future exhibition. The show will have videos, photos, awards and lectures. Even the original used mobile phones for ten years and together form a series of innovative digital experiences.
2003
Título: Beeep…
O primeiro curta metragem produzido por telefone celular da América Latina.
Produzido com o primeiro telefone lançado nos Estados Unidos com câmera de vídeo, esse curta foi gravado na cidade de Miami em janeiro de 2003, sendo apontado pela mídia como o pioneiro na produção audiovisual mobile na América Latina.
O curta é feito de vídeo – mensagens que várias pessoas deixaram no telefone celular da personagem principal que desapareceu. A cada mensagem o público recebe uma nova pista de quem é essa personagem misteriosa.
Link trailer:
2007
Videoclipes
Títulos:
O retorno de saturno _ Detonautas Roque Clube
Nada original _ Pato Fu
Fora Mônica _ Vivendo do Ócio
Os primeiro videoclipes brasileiros gravados com telefone celular e em ação colaborativa.
O videoclipe – documental da banda de rock Detonautas Rock Clube foi totalmente gravado com telefone celular. Na ação foi usado mais de 10 telefones celulares distribuídos para as pessoas que eram surpreendidas nas locações visitadas pela banda durante a gravação.
O videoclipe da banda Pato Fu foi gravado utilizando dois celulares simultaneamente ao mesmo tempo criando um campo tri dimensionais à imagem.
O videoclipe da banda baiana Vivendo do ócio, considerado pela imprensa e crítica como “o anti-clipe” por quebrar todas as estruturas de edição e divulgação, teve sua propagação primeiro nas redes sociais.
O clipe foi desmenbrado estrategicamente em 04 partes e espalhadas pelas plataformas web.
Link Detonautas:
Link Pato Fu:
Link Vivendo do ócio:
2009
Título: Como é grande o meu amor por você.
Para comemorar os 50 anos de carreira do maior ícone pop da música brasileira, o rei Roberto Carlos, o Fantástico, programa dominical da TV Globo, o primeiro videoclipe em celular da emissora.
O clipe inovador conta com a presença de celebridades do universo pop, cantoras e fãs do rei.
Link:
2010
Título: A primeira fotonovela pelo celular e Twitter do mundo
https://setexperimental.wordpress.com/2010/05/08/fotonovelatwitter/
Estrelada pela revista Playboy com a atriz Cléo Pires na capa, Set Experimental® lança a moda no Twitter e edita em sete capítulos a fotonovela #vidadefestival.
O resultado foi uma mídia espontânea espalhada pela web e mais de 13mil seguidores acompanhando pelo Twitter as aventuras dessa divertida fotonovela entre Miami e Nova York.
2012
O projeto 5#CALLS:
O projeto 5#CALLS foi totalmente gravado e editado no telefone celular do diretor Giuliano Chiaradia utilizando todos os recursos do seu próprio aparelho móvel. Os roteiros foram enviados por SMS para as atrizes Guta Stresser, Natalia Lage, Amanda Ritcher, Graziela Schmmit e Julianne Trevisol.
Além disso, como trilha sonora cada vídeo foi sonorizada com ring tones de celular e até mesmo wallpapers do telefone foram usados como gráficos.
Toda essa experimentação faz de 5#CALLS um projeto 100% mobile explorando ao máximo todos os recursos e possibilidades dessa nova mídia: imediatismo, mobilidade, ângulos inusitados, praticidade.
Selecionado pelos Festivais de Cannes 2012, Festival Internacional da Imagem na Colômbia 2012, Festival Internacional de Filmes Curtíssimos em Brasília 2011 e no 2nd International Mobile Innovation Screening 2012 em Wellington (Nova Zelândia) o projeto 5#CALLSfoi apresentado como estudo de “case” em Berlim, na Alemanha, durante a Campus Party Euro 2012.
A experiência contou com telefones celulares que gravam e transmitem ao vivo pela internet, o que permitiu com que o público acompanhasse as gravações em tempo real pelas redes sociais.
O resultado final é uma coletânea de 05(cinco) vídeos arte, making of, SMS text, fotos e wallpapers que fazem parte de uma produção inovadora no gênero das novas mídias.
Link Making Of:
o Workshop #ArtMobile
#ArtMobile é um projeto de ação social mundial, inovador, focado na educação e na arte digital, com pilares de sustentabilidade, inclusão digital e consciência ambiental.
http://artmobileproject.com
Em operação desde maio de 2011, o Workshop #ArtMobile ensina crianças e jovens das mais diversas comunidades do mundo a produzirem arte com o telefone celular. O projeto teve início na Tanzânia e já foi realizado em 04 países, Tanzânia, Marrocos, Uruguai e Brasil.
Os jovens produziram fotos, vídeos, wallpaper e ringtones feitos nos quatro países onde o projeto foi apresentado.
Tanzânia:
Marrocos:
Uruguai:
Brasil:
Giuliano Chiaradia – Set Experimental
Giuliano é fundador da Set Experimental®.
Diretor e autor de programas pela rede Globo de televisão, é pioneiro em novas mídias na emissora e especializada em conceitos transmídia. Trabalhou durante 10 anos na MTV networks, como diretor e Produtor Sênior nos departa- mentos de criação do canal no Brasil e nos Estados unidos, chegando à direção Geral em programas de grade do canal infantil Nickelodeon Brasil.
É Formado em comunicação social, com cursos de especialização em cinema, roteiro e direção na Itália, Cuba e nos Estados unidos e MBA em novas Mídias no Brasil. Foi quatro vezes premiado internacionalmente e diversas vezes no Brasil, incluindo o res- peitado Festival de Gramado, por seus trabalhos inovadores em audiovisual.
Desde 2011 é Artista residente da La Chambre Blanche, primeiro centro de arte multi – mídia do Canadá.
Hoje compartilha suas experiências em palestras e o workshop ArtMobile, sua paixão.
Set Experimental na CAMPUS PARTY BERLIM
The mobile phone has become an important tool in our modern society. People of any generation, belief or social class have already realized that this new media has much more to offer than just the function of talking and listening. Nowadays the mobile phone is a handy tool that enables immediate and important expression. With the mobile phone you can produce photos, videos, ringtones, wallpapers and even sculptures. Giuliano will show you a practical way to explore your mobile device to produce a modern, practical, fresh artistic content.
Speaker: Giuliano Chiaradia is the creative leader and founder of the Set Experimental®. Director and copy writer for TV shows for Globo Television Network, Giuliano is a pioneer in new media content and new transmedial concepts. He worked for 10 years at MTV Networks as Director and Senior Producer in the Departments of creation for the channel in Brazil and the United States. In 2012 he was selected by the Cannes Film Festival with the project # 5 calls, the only production 100% mobile in 65 years of Cannes. He is producer and director of the first mobile short film (audiovisuals made with a mobile phone) in Latin America and the first music videos in Brazil using the same mobile application.
#português:
O telefone móvel tornou-se uma ferramenta importante na nossa sociedade moderna. As pessoas de qualquer classe, crença, ou geração já perceberam que esta nova mídia tem muito mais a oferecer do que apenas a função de falar e ouvir. Hoje em dia o telemóvel é uma ferramenta útil que permite a expressão imediata e importante. Com o telefone celular você pode produzir fotos, vídeos, ringtones, wallpapers e até mesmo esculturas. Giuliano irá mostrar-lhe uma maneira prática de explorar o seu dispositivo móvel para produzir um moderno, prático, novos conteúdos artísticos.
Palestrante: Giuliano Chiaradia é o líder criativo e fundador do Set Experimental ®.
Diretor e autor de programas para a TV Globo, Giuliano é um pioneiro no conteúdo de novas mídias e novos conceitos transmídia. Ele trabalhou por 10 anos na MTV Networks como Diretor e Produtor Sênior nos departamentos de criação para o canal no Brasil e nos Estados Unidos. Em 2012 ele foi selecionado pelo Festival de Cinema de Cannes com o projeto 5#Calls, a única produção 100% mobile nos 65 anos do Festival de Cannes.
Ele é produtor e diretor do filme móvel primeiro curta (audiovisuais feitas com um telefone celular) na América Latina e os primeiros vídeos de música no Brasil com a mesma aplicação móvel.
Jornal O Dia projeto 5#calls
SET EXPERIMENTAL NA VAGUE TERRAIN
Artigo publicado sobre o projeto 5#Calls, na Vague Terrain, referência no mundo e uma das mais conceituadas mídias européias sobre arte digital:
http://vagueterrain.net/journal22/chiaradia/01
Vague Terrain _ português:
5#CALLS:
Diga-me um pouco sobre sua arte e prática filme que conduziu a este ponto em sua carreira, e como esta jornada artística tem levado a seus estes trabalhos que você me enviou e sua prática atual.
Eu me formei em Comunicação Social no Brasil, estudou Cinema na Itália, escrita Roteiro em Cuba, e, em seguida, Direção, nos Estados Unidos e minha curiosidade me levou a todos os cursos dessas. Desde 2001, venho pesquisando novas maneiras de fazer arte com as novas tecnologias, buscando sempre criar novas experiências nas pessoas. Hoje meu foco é o uso da arte e da tecnologia para amplificar ou mesmo provocar novas experiências nas pessoas. Algo que nunca senti antes.
Esta pesquisa me provoca a pensar que um dos objetos que se tornou de maior consumo mundial é o telefone celular. O telefone celular pode ser o dispositivo de consumo mais abundante no planeta. Em 2012, a indústria de telefonia móvel atingirá a marca de 6 bilhões de conexões. Então, por que não levar toda a mobilidade e conveniência para produzir arte?
O que mais me atrai para a arte feita pelo telefone celular é primariamente uma democratização que o dispositivo permite. Hoje em dia, a maioria das pessoas tem um celular, não só para falar com as pessoas, mas também para enviar mensagens de texto, ligação à Internet, tirar fotos, fazer vídeos, e porque não para produzir conteúdo artístico? Em segundo lugar, os recursos imediatismo para mim como ele difere do cinema, onde você tem que revelar o filme de 16mm em um espaço darks, etc … Essas câmeras móveis também permitem que as pessoas têm uma visão sem precedentes para as coisas de um ângulo diferente, que é mais experimental. E, por último, claro que o fator de mobilidade, a prática de usar o celular permite que você simplesmente determinar o seu olhar desejado – a ferramenta é lá onde você estiver, disponível para você.
Diga-me cerca de 5 # CALLS e o que te inspirou a fazer o seu trabalho usando o vídeo para celular? Por que / como foi o telefone celular é essencial? e por que você decidir fazer do jeito que você fez com os artistas e fazer tudo no telemóvel?
Eu tinha feito algumas experiências com clipes de vídeo móveis e produzir drama, precisava de um projeto que na verdade era um pouco mais e usar todos os recursos móveis: SMS de script, gravando ângulos incomuns e movimentos, de edição no próprio dispositivo, como uma trilha sonora wallpaper ringtone e gráficos. O primeiro foi chamado Beeep, o primeiro realizado na América Latina, e um com o ícone da música popular brasileira, Roberto Carlos. Eu queria saber todos os seus limites.
5 # CALLS o projeto me deu esta oportunidade. Todos os detalhes da produção audiovisual foram projetados para explorar o telefone móvel. O roteiro foi escrito em SMS.
Era importante fazer 5 # chama todos no celular para mostrar que o mesmo quando se utiliza meios independentes, os conteúdos de uma história ainda é o aspecto mais importante. Mas contar a história de outro ângulo, com uma nova linguagem estética era o desafio. Esta linguagem estética, como eu disse antes, está disponível para muitas pessoas através de seus telefones móveis. Esta nova estética permite que novos quadros, novos ângulos, movimentos, etc … Um ponto de vista diferente de contar histórias normais.
Foram utilizados os ângulos incomuns que apenas uma câmera pequena, como o telefone seria capaz de fazer e amarrado os telefones para os corpos das atrizes para gravar suas expressões e gestos. Então, toda a edição foi feita usando apenas os recursos do telefone celular. Precisávamos de uma trilha sonora tão ringtones do telefone foram usados para isso. O papel de parede do telefone gráfico ajudou a finalizar o visual.
As atrizes correu na hora do rush de metrô do Rio de Janeiro, por exemplo, o que não seria impossível com câmeras tradicionais. A intimidade eo minimalismo, o imediatismo ea conveniência foram fatores-chave.
Quando você sai para fotografar, para produzir uma peça audiovisual, você deve formar uma equipe. Iluminação, som, fotografia, maquiagem, produção, segurança, autorização, localização, etc, são todos necessários em produciton vídeo convencional … Além disso, durante a gravação com as celebridades da televisão que estão em uma peça, esta equipa chama muito a atenção. Com o telefone móvel, foi a atriz e eu. O processo de direção foi melhor, porque nós dois estávamos tão dedicada aos mínimos detalhes de suas ações e nada mais. As pessoas ao nosso redor não percebeu que estava sendo gravado. Houve algumas necessidades de produção, como a segurança, a autorização do site, mas todo o processo era mais prático e íntimo.
Como 5 # CALLS pode ser vistos? Está disponível para visualização no telefone celular? ou Internet? Você só me enviou o trailer eo “making of” – como é que vamos ver a parte final?
Neste momento, 5 # CALLS está em festivais ao redor do mundo, então nós só postou o making of e trailer. Para ver como os espectadores do festival experimentar o trabalho na galeria e ambiente de visualização, siga os links no final.
Você pode me dizer sobre outros projetos, obras de arte, performances e workshops (como o que você estava fazendo na África) –
utilizando mídias móveis / vídeo?
É evidente que o celular está presente na vida das pessoas, não só como uma ferramenta ou um dispositivo para fazer uma chamada de voz, mas também para se comunicar no sentido mais amplo. Hoje a África é o continente com a menor penetração da conectividade móvel, com “apenas” 52%! Assim é o meu interesse de usar o celular para produzir arte lá também. Não só para fazer vídeos, mas também tirar fotos, ringtones, wallpapers e esculturas, e para mensagens de texto ….
O Art_Mobile oficina é um projeto de ação social global focada em educação e arte digital, com pilares de sustentabilidade ambiental e conscientização, ensinando as crianças e jovens, de várias comunidades ao redor do mundo, para produzir arte com o telefone móvel, como uma nova perspectiva sobre trabalhar com mídia digital de forma democrática.
5 # CALLS está em turnê de vários festivais no momento, e que em breve vamos trazer o trabalho para as galerias de arte no Canadá, Brasil e Argentina. Antes de 5 # CALLS produzi videoclipes feitos em telemóvel em 2007, 2008, que foram dados prêmios em vários festivais no Brasil. Além disso, minha gravação de vídeo do cantor Roberto Carlos foi exibido em horário nobre na TV Globo com um monte de exposição. Hoje, eu me concentro em compartilhar este conhecimento de todas essas experiências em um projeto social chamado # Art_Mobile, que ensina crianças e jovens ao redor do mundo para fazer arte móvel. Este projeto começou na Tanzânia, África Oriental e deve continuar este ano para Cuba, Marrocos e outras comunidades carentes.
Que futuro você vê potencial para a plataforma de vídeo móvel para fazer cinema, vídeo arte, arte interativa e performance em termos de sua prática especificamente?
Os telefones serão melhores no futuro. Temos aplicações maravilhosas agora, mas as pessoas estão sempre procurando o melhor conteúdo, melhor história, como sempre foi e sempre será, e vai ser encontrada no art.
Eu acredito que o uso de telefone celular hoje em dia permite a democratização da sociedade através da arte digital. A arte produzida pela unidade móvel é acoplado com as redes sociais como um canal de comunicação indivíduo com o mundo, independente de outros meios. Obviamente, isso abre novas oportunidades e melhora as perspectivas futuras dos jovens talentos. A partir do momento que você tem um aparelho que não custa milhões de dólares para produzir algo, e é totalmente acessível na maioria dos países, é um momento histórico de decisões. ! Digo isso porque eu já vivi essa experiência em África, o continente com a menor penetração da telefonia móvel, 52%, desde o momento a ferramenta está em suas mãos e você pode gravar sua história, o momento em que você não precisa inserir uma linha de grandes produtores no processo injusto usado por maioria dos canais de tv, etc, para exibir o conteúdo, é libertadora. Como você pode contar com a democracia da Internet.
Agora tudo que você tem que focar é o talento e uma história muito boa para contar!
Como você espera o seu trabalho irá influenciar uma nova geração de artistas que são nativos digitais, crescendo com a mídia móvel e social?
Devo ressaltar que é de grande importância para produzir um bom conteúdo, independente do meio. É preciso ter o fundo de mídia adequado; é preciso estudar e ver um mundo com olhos diferentes. Eu venho de uma cidade muito pequena no Brasil, e meu trabalho agora está indo além desses limites, o trabalho está chegando através do valor das idéias, dos seus conteúdos. Hoje apenas 16% das pessoas no Brasil usam o telefone apenas para falar. Eles já estão procurando outras aplicações. Eu acredito que o trabalho que fazemos serve para fornecer uma outra possibilidade, para produzir arte com um objeto que faz parte da vida cotidiana.
Basta olhar para o movimento social que está acontecendo no mundo. Você vai ver que os meios de comunicação e dispositivos móveis estão totalmente inseridos na vida dos jovens. As novas aplicações tecnológicas serão cada vez mais disponível e recursos mais caros de produção audiovisual que não permitem e realmente restringir novos artistas também estarão disponíveis, mas estes serão substituídos por estes meios mais acessíveis. Isso vai influenciar a nova geração de artistas nativos digitais grandemente.
Existe alguma coisa que você gostaria de compartilhar ou adicionar sobre o seu trabalho em termos de foco a questão Terrain Vague na performatividade, vídeo arte e utilizar a mídia para celular?
Experimente. Aproveite de fatores positivos, tais como rapidez, conexão, ângulos inusitados, praticidade e minimalismo para contar uma história ou apenas para retratar um fato. Tente diferente usando o telefone não apenas para falar, mas para compartilhar conteúdo.
“#” hashtag novo projeto transmidia da Set Experimental
5#CALLS _ Seleção Oficial Festival Internacional da La Imagen
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